sábado, abril 08, 2017

Parte III – O Abismo

       Percebi que como estudante da área, conhecendo ao menos um pouco de engenharia social, parecia contraditório, pra não dizer sem sentido, que eu também fizesse parte de alguma rede, me deixasse até mesmo levar pelos seus encantos, concordasse com os clássicos termos e condições de uso de muitos dos aplicativos, em que todas as nossas informações pessoais fornecidas são armazenadas e nosso histórico registrado em bancos de dados inclusive públicos. Soava piada. Porque justamente ao tentar dominar a minha experiência eu caí nas armadilhas dos tais algoritmos. Eu fui refém. Eu também caí em ansiedade e falta de autoestima. Só do Facebook eu devo ter saído pelo menos três vezes apenas em 2016. Acabava voltando para continuar com publicações na minha página profissional. No tempo em que fiquei fora da rede me senti mais leve, vivendo de verdade, sem necessidade de postar uma foto pra provar que eu estava me divertindo. Ainda estou nessa rede porque sinto que tenho algo a dizer. Mas sei que um dia saio e não volto mais.


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